Prejuízo ainda não foi calculado, porque o MST gaúcho colocou toda sua energia na produção de marmitas para serem distribuídas aos refugiados climáticos do Rio Grande do Sul.
Todos os anos, em março, o MST do Rio Grande do Sul promove uma festa para marcar o início da colheita do arroz orgânico no estado. Em 2024, no entanto, não houve colheita, nem festa, porque a semeadura do grão, que geralmente começa em setembro, precisou ser adiada em razão de duas enchentes históricas na região metropolitana de Porto Alegre no ano passado, onde estão a maioria dos assentamentos produtores. A colheita foi atrasada e, no lugar da festa de março, o MST organizou um seminário sobre os impactos das mudanças climáticas na agroecologia.
Mas os assentados não contavam que em maio, quando 50% do arroz plantado em dezembro ainda não havia sido colhido, aconteceria a maior enchente da história do Rio Grande do Sul, arrasando as lavouras e deixando desabrigadas centenas de famílias de agricultores do MST. Hoje, parte delas está ilhada, em refúgios mais altos no meio de municípios que praticamente desapareceram. E a produção, o maquinário e a infraestrutura foram perdidos.
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