A fuga da ex-prefeita do município de Bom Jardim, Lidiane Leite da Silva, que na Justiça Eleitoral é conhecida por Lidiane Rocha, revela que a Polícia Federal falhou durante a deflagração da Operação Éden, que completa hoje um mês e colocou na cadeia até agora apenas o ex-marido e um ex-secretário da jovem corrupta que ganhou repercussão internacional por ostentar dinheiro público enquanto crianças do município não tinham aula e nem merenda escolar.
A falha, grave, e já apontada quando Lidiane estava ainda próxima de completar apenas duas semanas de foragida, é revelada de forma mais profunda quando observada a leitura que, assim como ocorre até hoje, no dia da operação, quando foi até sua casa cumprir um mandado de prisão preventiva da Justiça Federal e não a encontrou, a PF sequer sabia onde a ex-prefeita estava.
O fato é confirmado pela data do pedido de prisão preventiva para a data do desencadeamento da operação para prendê-la juntamente com sua quadrilha: o pedido foi expedido pela Justiça Federal no dia 6 de agosto passado, ou seja, duas semanas antes da operação, apontando que: ou a polícia não monitorou os passos da ex-prefeita de Bom Jardim durante todo esse período, ou monitorou, mas feito barata  tonta, pelos longos 14 dias.
Em comparação pariforme de como o hiato deixado pela Polícia Federal durante a deflagração da Operação Éden ultrapassa o nonsense, ter iniciado a operação de prisão sem saber onde a sentenciada estava é o mesmo que o advogado Carlos Sérgio de Carvalho dizer que foi contratado para livrar Lidiane Rocha da cadeia, mas que nunca teve contato com a ex-prefeita e nem sabe onde ela está, ou numa mais estapafúrdia ainda: é como Lidiane cometesse as fraudes em licitação e o desvio de 15 milhões de reais da merenda escolar sem saber que era errado e que leva para trás das grades.