Jornalismo com seriedade

sábado, 27 de agosto de 2016

Renan negociou renúncia de Dilma para ela se candidatar como senadora

A ideia era que a petista fosse candidata ao Senado pelo PDT do Rio Grande do Sul
Nos bastidores do mundo político de Brasília se comenta que aliados do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) encontraram a presidente afastada Dilma Rousseff para lhe apresentar uma estratégia que poderia ser posta em prática na sua ida ao plenário na segunda-feira (29), 24h antes do desfecho do processo.
A proposta seria que ela, durante seu fala no plenário do Senado, anunciasse a renúncia do cargo de presidente da República. Com o gesto da petista, caciques de partidos mais próximos tentariam evitar a soma de 54 votos pelo impeachment na terça (30), dia agendado para a votação.
Na avaliação de parte dos aliados da presidente, a renúncia seria — ao contrário do que a própria petista considerava — uma saída honrosa que, na pior das hipóteses, garantiria a manutenção dos direitos políticos, se o processo do impedimento fosse derrubado no plenário. Um dos argumentos era de que, no futuro, Dilma pudesse sair do PT, buscar filiação no PDT e até mesmo voltar a se candidatar em 2018. Interlocutores deRenan chegaram a discutir uma disputa ao Senado pelo Rio Grande do Sul.
Recentemente, os aliados de Dilma assistiram a cúpula petista buscar distância do processo de impeachment, e Executiva do PT recusar, por 14 votos a dois, o enterro da proposta de Dilma de realizar um plebiscito de novas eleições. O martelo batido por Rui Falcão, presidente da legenda, selou de maneira deselegante a relação tempestuosa entre os dois.
Lembra-se que Dilma é originária do PDT, e nunca teve uma convivência pacífica com os petistas. Em seu primeiro ano do mandato, ainda em 2011, a imagem de “faxineira” passou a ser vinculada à da presidente, hoje afastada, por ela ter tirado do ministério parte da tropa indicada por seu padrinho político, Lula. Os movimentos irritaram a cúpula do partido, que chegou a considerar que Dilma jogava contra o ex-presidente.
Além do seu fiel escudeiro, José Eduardo Cardozo, Dilma se cercou de pessoas que nunca foram caíram nas graças de integrantes do partido, como Aloizio Mercadante e Kátia Abreu.
O apoio público à presidente deu-se mais por uma simples tentativa de manutenção dos cargos na Esplanada dos Ministérios do que afinidade política. A tentativa de negociação com Dilma sobre a possibilidade de renúncia foi logo interrompida com a negativa da presidente à proposta


Dilma recebeu Collor por mais de duas horas no Alvorada na sexta

O senador não poupou críticas ao governo petista
A presidente afastada Dilma Rousseff recebeu na sexta-feira (26) à tarde, por mais de duas horas, uma visita do senador e ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL), no Palácio da Alvorada. A conversa foi reservada e, segundo pessoas próxima a Dilma, o senador que a solicitou. Apesar disso, a abertura de Dilma faz parte de uma estratégia na reta final do impeachment para tentar reverter votos a seu favor.
Collor, que sofreu um processo de impeachment, não anunciou claramente o seu voto durante a sessão que decidiu pelo prosseguimento do processo de afastamento de Dilma Rousseff. Por outro lado, o senador não poupou críticas ao governo petista. Na ocasião, Collor comparou o processo de Dilma com o seu, em 1992, e defendeu que a chefe do executivo é a responsável por improbidades administrativas e deve responder por crime de responsabilidade.
A conversa com Collor, segundo um interlocutor de Dilma, aconteceu no mesmo momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desembarcou ontem em Brasília para também tentar conquistar votos contra o impeachment, estava com o senador Edison Lobão (PMDB-MA). Lobão foi ministro de Minas e Energia nos governos de Lula e Dilma. Ele já votou contra a presidente afastada, mas agora diz estar indeciso.
O PT tenta ainda tenta atrair os senadores João Alberto (PMDB-MA) - que havia se posicionado a favor de Dilma, mas na última sessão foi contra - e Roberto Rocha (PSB-MA). A ordem da cúpula petista é atender às reivindicações de todos nas disputas municipais, mesmo que para isso seja necessário mudar parceiros nas alianças. Com informações do Estadão Conteúdo.

Flávio Dino e Edivaldo não suportam crítica do “puxadinho” e mandam atacar senador Roberto Rocha


Cansado das conspirações nos governos Flávio Dino(PCdoB) e Edivaldo Holanda Júnior (PDT), o senador Roberto Rocha(PSB) se impôs no jogo sucessório da capital e não se rendeu as pressões dos Palácios para se manter no grupo do prefeito para as eleições de outubro. Preferiu ele fazer aliança com Wellington do PP, indicando seu filho como vice.
Diante de uma gestão fraca e inexpressiva de seus ex-aliados, Roberto Rocha usou sua conta no Twitter para criticar a postura medíocre do governador Flávio Dino. “São Luís quer um prefeito com ATITUDE para comandar, e não fazer da prefeitura um ‘puxadinho’ do palácio dos Leões”
A declaração incomodou os Palácios do Leões e Lá Ravardiere que imediatamente colocaram suas tropas para contra-atacar. Desde cedo, a turma da imprensa alinhada ao governador Flávio Dino e ao prefeito Holandinha, disparam postagens atacando o senador.
Eles o acusam, dentre outras coisas, de agir de acordo com seus objetivos pessoais. E que tal atitude não se dá de agora. Mas não foi o que disseram sobre ele quando tentavam negociar sua permanência no grupo do prefeito. Ao reclamar o tratamento merecido, a arrogância de Flávio Dino falou mais alto, obrigando Rocha a deixar o grupo que lhe traiu.
E a propósito, “puxadinho” foi o melhor termo que o senador poderia usar para descrever no que se transformou a prefeitura de São Luís, um “puxadinho” do governo Flávio Dino.   A mais pura verdade!!!


AL-MA VAI GASTAR QUASE R$ 9,8 MILHÕES EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Valor é quase três vezes maior do que a Casa informou não possuir para readequar Portal da Transparência.
Apesar de alegar à Justiça que não tem dinheiro para tornar transparente o seu Portal da Transparência, a Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão se prepara para gastar quase de R$ 9,8 milhões, no período de 12 meses, com a contratação de suas agências para prestação de serviços de publicidade e propaganda.
O dispêndio é quase três vezes maior que os gastos para a adequação do Portal de Transparência da Casa nos moldes do Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, que mostra detalhadamente e de fácil acesso questões de orçamento, gestão fiscal, verbas indenizatórias, contratos e contas em geral.
Lançada no dia 19 de maio último pela presidente da Comissão Permanente de Licitação (CPL) da AL-MA, Catarina Delmira Boucinhas Leal, a concorrência já se encontra em fase avançada, tendo como movimentação mais recente a do dia 18 de agosto, quando foi emitido aviso de julgamento final das propostas técnicas e das propostas de preços. Nesta quinta-feira 25, acontecerá a abertura dos Invólucros de habilitação.
As vencedoras, segundo o documento publicado quatro dias depois no Diário Oficial da Assembleia, foram as agências Vitale Propaganda Eirele - ME, da empresária Cecilia Frazão Angelim, que consagrou-se como primeira colocada; e Open Door Comunicação Ltda - EPP, dos sócios Dayse Maria Moraes e Paulo Sergio da Silva.
Dentre as atribuições das duas agências de publicidade pela bolada estão a de “potencializar a imagem positiva da Assembleia Legislativa” e a “produção e divulgação de editais, notas oficiais, notas de esclarecimento e mensagens oficiais”.

Apesar de, nessa concorrência, ter ficado na segunda colocação, a Open Door não tem do que reclamar. Entra presidente e sai presidente, a agência vem tendo um contrato de 2012 aditado anualmente pela Diretoria de Comunicação Social da AL-MA

Revitalização do São Francisco pode custar R$ 30 bilhões

A discussão em torno da revitalização do Velho Chico tomou impulso na última semana a partir do lançamento do plano Novo Chico

Todas as ações necessárias para a revitalização da Bacia do Rio São Francisco devem demandar um investimento de cerca de R$ 30 bilhões. A estimativa consta do caderno de investimentos do novo plano gestor de recursos hídricos da bacia do rio, que está sendo finalizado este mês pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).
A discussão em torno da revitalização do Velho Chico tomou impulso na última semana a partir do lançamento do plano Novo Chico. O presidente em exercício Michel Temer assinou decreto que remodela o Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, instituído em 2001 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na último dia 15, a Câmara Técnica do programa fez a primeira reunião e criou grupos de trabalho para detalhar as ações e os custos. Durante o encontro, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, disse que as intervenções devem custar cerca de R$ 7 bilhões em um período de 10 anos.
A apresentação do plano de ação decenal está previsto para daqui a 90 dias, mas antes desse prazo, já em setembro, o comitê deverá lançar o plano gestor da bacia, que também tem um horizonte de 10 anos. O presidente do comitê, Anivaldo Miranda, acredita que o documento vai antecipar a definição das primeiras decisões do comitê gestor e da câmara técnica.
“Nesse plano, fizemos um diagnóstico e identificamos cenários atuais e futuros para a demanda hídrica até 2035 e definimos também eixos de atuação, metas e prioridades. Vamos oferecer o plano como contribuição. A partir daí, o programa da revitalização poderá economizar tempo e dinheiro e partir para estabelecer quanto será gasto a cada ano.”
Segundo o vice-presidente da CBHSF, Wagner Soares Costa, o novo programa de revitalização cria mecanismos que permitem ter maior controle das ações. “A grande novidade foi a criação do comitê gestor, que vai estabelecer o monitoramento das ações em implantação. Hoje, o que se sabe é que há muitas ações inacabadas e não iniciadas. O que se quer daqui para frente é que a ação comece, se desenvolva e tenha um término com data definida. Com isso, se materializa o resultado esperado da ação.”
Na lista dessas ações anteriores, estão obras de esgotamento sanitário e de abastecimento de água, que somam investimentos de R$ 1,1 bilhão. O plano Novo Chico absorveu essas obras e colocou a estimativa de término delas para 2019.
Segundo o presidente do comitê, os R$ 30 bilhões em investimentos para a recuperação da bacia do São Francisco deverão ser a soma de todos os recursos destinados pelos governos federal, estaduais e municipais e também pela iniciativa privada.
“O programa da revitalização não pode ser entendido como programa do governo federal, mas como programa da União, dos estados da bacia, das prefeituras e inclusive da iniciativa privada. É um novo programa que tem que envolver toda a sociedade, todos os usuários da água e todo o Poder Público num esforço conjunto para vencer esse desafio.”
De acordo com Costa, o levantamento das ações necessárias para a revitalização do Rio São Francisco envolvem, entre outros, a recuperação de áreas degradadas, a recomposição de matas ciliares e a implantação de saneamento básico em todos as cidades que compõem a bacia do rio (são 507, no total).
Além do saneamento, ele aponta que é prioritário recuperar áreas degradadas para que voltem a absorver águas pluviais. Com isso, haveria uma recarga dos lençóis freáticos e a melhora das nascentes. A Bacia do Rio São Francisco envolve os biomas da Caatinga, da Mata Atlântica e do Cerrado. Para o vice-presidente da CBHSF, essa questão faz parte de uma nova visão sobre os recursos naturais.
“Um dos motivos da degradação sempre é a antropização, com a ocupação do solo de maneira desordenada. Para degradar, nós gastamos muito dinheiro. Para recuperar, teremos também que gastar muito dinheiro, pois tivemos uma mudança no sentido econômico do uso dos bens naturais. De 20 anos para cá, essa conscientização veio mais forte e está sendo transformada em ações para que tenhamos os resultados de recuperação.”
Nesse sentido, ele indica que a iniciativa privada, onde estão alguns dos grandes usuários das águas do São Francisco, participem de perto do plano de revitalização do rio.
Conceito
Neste primeiro momento de funcionamento do programa, Anivaldo Miranda alerta para a necessidade de se firmar um conceito de revitalização. Para ele, é preciso tomar cuidado para não confundir oferta com demanda de água.
“Revitalização tem que ser entendida nesse momento como um conjunto de investimentos cujo foco é oferta de água, de melhorar a quantidade e a qualidade da água. É claro que, ao fazer o programa de revitalização, é preciso compatibilizá-lo com outras agendas, como saúde, indústria e economia em geral. São agendas que avançam paralelamente, mas as agendas da revitalização precisam ser conceituadas de forma precisa.”
Dentre as atividades que demandam mais água do rio São Francisco, está a transposição, que vai levar água do Velho Chico para Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e uma parte de Pernambuco. Para Miranda, a obra é um motivo a mais para acelerar a revitalização, somado a expansão de outros projetos econômicos que vão exigir mais água do rio.

“Os estados que vão se beneficiar com os canais da transposição agora começam a fazer parte da grande família do São Francisco – para o bônus e para o ônus. Isso significa que o programa de revitalização passa a ser de interesse direto desses estados. É um grande motivo para unir todas essas forças para tornar esse programa de fato realidade.” Com informações da Agência Brasil.

Renan diz que Gleisi o provocou, mas sua reação foi desproporcional. "Aqui as pessoas se xingam civilizadamente",

Apesar dos ânimos exaltados pela manhã, o presidente da Casa afirmou que o clima no Senado é o "melhor possível" e que tudo será superado após o julgamento
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conversou pela terceira vez com jornalistas, nesta sexta-feira (26), para se lamentar pela discussão que teve com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) durante o julgamento do impeachment. Segundo Renan, ele foi "provocado", porém a sua reação foi "desproporcional". "Eu fui desproporcional e isso não é do meu estilo, sou conhecido por me dar bem com todos, pela minha temperança", comentou. Enquanto conversava com a imprensa, no intervalo da sessão no plenário, o líder do PT, Humberto Costa (PE), disse a Renan que nunca o viu "dar tantas entrevistas em um único dia".
Renan reiterou que está "extremamente chateado" pela sua discussão com Gleisi, pois acredita que a imagem de neutralidade que tenta manter pode ter sido corrompida. Ele voltou a declarar que não sabe se votará ou não no julgamento de Dilma Rousseff, com quem diz manter boa relação. Renan não quer declarar uma posição pois acredita que isso só iria contribuir para acirrar os ânimos.
"Meu maior ativo é conversar com todo mundo, não foi desfazer isso." Sobre a sua aproximação com Michel Temer, Renan disse que trata todos da mesma forma. "Tenho com ele um bom relacionamento. Já divergimos, mas nas minhas contas convergimos mais do que divergimos."
Apesar dos ânimos exaltados pela manhã, o presidente da Casa afirmou que o clima no Senado é o "melhor possível" e que tudo será superado após o julgamento. "Aqui as pessoas se xingam civilizadamente", brincou. Questionado se a vinda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Senado, na próxima segunda-feira (29), para o interrogatório de Dilma, poderia causar tumulto, Renan comentou que nada vai tumultuar mais do que a confusão em que se envolveu hoje. Bem humorado, Renan disse que "a sorte do Brasil é que só temos processos de impeachment a cada 20 anos", fazendo uma referência ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
Embora afirme que superou o episódio com Gleisi, Renan insinuou que a atitude da senadora foi de ingratidão. Ele repetiu pelo menos cinco vezes que é alvo de dez ações populares por causa da sua decisão de manter as prerrogativas de Dilma como presidente durante o seu afastamento. "Talvez essa seja uma boa oportunidade para a gente agravar a pena da ingratidão", ironizou o peemedebista.

O presidente do Senado voltou a dizer também que não é o protagonista do impeachment, mas que foi "puxado" para o centro do processo

Marina Silva volta a defender o impeachment de Dilma Rousseff


Disse ainda que processo vai ‘passar Brasil a limpo'


Nesta sexta-feira (26), a ex-ministra Marina Silva, líder do partido Rede Sustentabilidade, voltou a defender o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
De acordo com informações do Bahia Notícias, na avaliação dela, o processo vai “passar o Brasil a limpo”, está previsto constitucionalmente e é um salutar à democracia.
"Uma democracia não tem como ser saudável se o abuso do poder econômico, esquemas de corrupção ou o desrespeito à lei passarem a ser o procedimento para se chegar ao poder", afirmou Marina, durante coletiva de imprensa em Curitiba.
Novamente a candidata derrotada à Presidência da República nas eleições de 2014 comentou o crime de responsabilidade que a petista é acusada, entretanto criticou o presidente interino Michel Temer (PMDB) e voltou a defender novas eleições.
"Esse governo [de Temer] tem os mesmos problemas do governo anterior. O modus operandi inclusive é o mesmo, com troca de pedaços do Estado para ter maioria no Congresso, e com pessoas comprometidas na Lava Jato”, alegou ao culpar PT e PMDB pela atual crise econômica e política do país.
A política pediu, mais uma vez, que o Tribunal Superior Eleitoral (STF) julgue a ação contra a chapa de Dilma e Temer, que pode culminar na cassação da chapa. Tal julgamento deve ficar apenas para 2017