Jornalismo com seriedade

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Youssef afirma que pagou R$ 3 milhões a João Abreu, chefe da Casa Civil de Roseana Sarney.

Youssef afirma que pagou R$ 3 milhões a João Abreu, chefe da Casa Civil de Roseana Sarney.

Do: O Globo
O acordo judicial entre o governo do estado do Maranhão e as empresas UTC e Constran para pagamento de um precatório de R$ 113 milhões resultou numa "comissão" de R$ 10 milhões, segundo depoimento do doleiro Alberto Youssef, que intermediou a operação. No depoimento de acordo de delação premiada, Youssef afirmou que R$ 3 milhões foram pagos a João Guilherme Abreu, que na época era chefe de gabinete da Casa Civil no governo de Roseana Sarney. O doleiro disse não saber se Abreu consultou Roseana e se dividiu o valor da propina com mais alguma pessoa.
Youssef ficou com R$ 4 milhões a título de comissão, que foram pagos em dinheiro na sede da empresa UTC. O doleiro contou que o dinheiro de Abreu foi levado em partes. Duas parcelas de R$ 800 mil foram levadas pelos emissários Adarico Negromonte e Rafael Angulo, além de um terceiro cujo nome não se recorda. Todos foram em voos comerciais. A outra parcela de R$ 1,4 milhão, foi levada pessoalmente por Youssef justamente na data de deflagração da Operação Lava Jato, quando ele foi preso num hotel em São Luís, a capital do Maranhão. Desta vez, o doleiro viajou em jato fretado.

Youssef deu detalhes da entrega do dinheiro. Contou que recebeu um telefonema no quarto do hotel e a pessoa afirmou que era "engano". Desconfiado, retornou a ligação e descobriu queo telefone era da Polícia Federal em Curitiba. Foi então até o quarto de Marcos Antonio Ziegert, assessor da Casa Civil que já conhecia e que havia lhe apresentado Abreu, e entregou a ele a mala com o dinheiro e uma caixa de vinhos para presentear o chefe da Casa Civil. Em seguida, retornou a seu quarto e decidiu não fugir: ficou à espera da Polícia Federal.
Youssef disse que a operação não foi irregular, pois Abreu fez apenas um gesto de "boa vontade" ao pagar o precatório em 24 prestações,pois havia interesse do Maranhão em liquidar a dívida. Disse que foi contratado pela UTC porque conseguiu adiantar o pagamento da dívida, que poderia levar alguns anos para ser paga e que o governo do estado tinha ainda precatório do Banespa, atual Santander, que foi pago nos mesmos moldes.
O precatório da UTC/Constran foi retirado da lista de pagamento por ordem judicial e Youssef afirma que essa manobra teria sido feita pelo governo do estado para obter certidões. Sobre outros precatórios que estavam na fila para pagamento, à frente do precatório da UTC/Constran, ele disse que não sabe e que quem deve ser questionado é Abreu.
Youssef afirmou que o pagamento do precatório foi decidido numa reunião com Abreu, a contadora Meire Poza e uma procuradora do Estado do Maranhão que ele não se recorda o nome. Para o doleiro, havia interesse do Maranhão em pagar a dívida e lembrou que o Ministério Público também esteve presente no fechamento do acordo judicial de pagamento à UTC/Constran. Por isso, ele disse acreditar que a homologação do acordo não teve ilegalidade, uma vez que havia promotores presentes.
Abreu ficou com R$ 3 milhões e Youssef com R$ 4 milhões. O doleiro afirmou que a comissão a ser paga pelas construtoras era de R$ 10 milhões, mas no depoimento não é dito ou perguntado sobre a diferença de R$ 2 milhões.
Youssef afirma que ficou sabendo da dificuldade das empreiteiras em receber a dívida do governo do Maranhão numa reunião na sede da UTC da qual participaram dos diretores da empresa, Walmir Pinheiro e Augusto César Pinheiro. Segundo eles, as empresas iriam transferir o precatório a terceiros com um deságio superior a 50%, pelo valor de R$ 40 milhões.
O doleiro sugeriu entrar na negociação constituindo um fundo de capital para comprar o precatório, com a participação do Instituto de Previdência do Maranhão. Soube então que o instituto não poderia fazer o negócio, pois estava impedido de adquirir este tipo de papel (precatórios) do estado do Maranhão.
Youssef intermediava negócios com fundos de previdência de servidores de estados e municípios. Um dos citados na Lava Jato é o Instituto de Previdência de Petrolina (IGEPREV), dos servidores municipais, que teve prejuízo por investir quase R$ 1 milhão na Marsans, uma das empresas de Youssef.
O doleiro se especializou em criar fundos de investimentos em empresas de fachada. Fundos de pensão e institutos de previdência compravam estes papeis. Como os negócios não vingavam, tinham prejuízo. Essa era uma forma de desviar dinheiro dos fundos de pensão que ainda está sendo investigada pela Polícia Federal.
Imagens que mostraram Youssef entregando a mala de dinheiro a Marcos Antonio Ziegert já tinham sido obtidas pela Polícia Federal. No depoimento, prestado em novembro passado, o doleiro contou quem era o destinatário final. O depoimento sobre o Maranhão é Termo de Declarações de número 51 feito pelo doleiro. Cada tema perguntado pela Polícia Federal e pelos procuradores é alvo de um Termo de Declarações. No caso do Maranhão, o documento passou a integrar o processo não sigiloso porque Roseana Sarney já não dispõe de foro privilegiado.
"É certo que os indícios de crime ora relatados foram encaminhados ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça em vista da possível participação da então governadora Roseana Sarney. Ocorre que areferida pessoa não mais ocupa o cargo de governadora, não mais detendo, portanto, foro por prerrogativa de função", afirmou o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara federal do Paraná, que centraliza investigações da Lava-Jato que não envolvem políticos, na decisão que compartilha o depoimento de Youssef a pedido da Secretaria de Transparência e Controle do Maranhão, que argumenta necessida de estancar possíveis irregularidades.

TRE mantém Prefeito de Arari no cargo

TRE mantém Prefeito de Arari no cargo

Nesta terça-feira, 27 de janeiro, os membros do Tribunal Regional Eleitoral julgaram procedente, por maioria, recurso eleitoral interposto por Djalma de Melo Machado e José Francisco Martins Pereira, prefeito e vice-prefeito de Arari (eleitos em 2012), contra sentença de primeiro grau que cassara seus diplomas. Com a decisão, o TRE-MA mantém ambos no comando do executivo municipal.
Relator do processo, o desembargador Guerreiro Júnior votou pela cassação, sendo acompanhado por Clodomir Reis e Maria José França Ribeiro, que substituiu Eulálio Figueiredo (impedido). Já Daniel Blume, à época do início do julgamento, divergiu, alegando que as provas acostadas aos autos não eram robustas o suficiente para caracterizar compra de votos.
O entendimento de Blume foi seguido por Alice Rocha e Eduardo Moreira, que, em voto-vista apresentado na sessão jurisdicional desta terça (27), concordou não haver comprovação de ilícito por parte dos acusados. Com o placar empate, coube ao desembargador Froz Sobrinho (presidente) votar. Ele manifestou-se pelo provimento do recurso, encerrando a votação em 4 a 3.

Sebrae e Prefeitura de Zé Doca dialogam sobre projetos locais

Sebrae e Prefeitura de Zé Doca dialogam sobre projetos locais
Parceria prevê capacitações para empreendedores do campo

Em reunião, realizada na sexta-feira (16), representantes da unidade do Sebrae em Santa Inês, da prefeitura municipal de Zé Doca e da Associação dos Trabalhadores da Povoado Vila Esperança discutiram possíveis parcerias para a oferta de cursos e capacitações aos empreendedores rural do município.
A prefeitura de Zé Doca foi representada pelo secretário de Agricultura do município, Gilvan Teixeira; enquanto que a Associação dos Trabalhadores foi representada pelo presidente Claudio de Sousa. Eles foram recebidos pelos analistas de projetos do Sebrae Kelly Lopes e Fábio Braga e pelo gerente em exercício do Sebrae em Santa Inês, Adalberto Fraga, que adiantou que a instituição já tem um trabalho em andamento no município.
“Desenvolvemos ações na área rural de apoio à piscicultura em Zé Doca, mas diante da necessidade dos produtores rurais locais, a intenção é ampliar o atendimento ofertado ao município”, informou Fraga. Ele ressaltou que o passo-a-passo para a implantação de projetos, capacitações e ações do Sebrae é necessário estabelecer o comprometimento dos parceiros e beneficiados pelo trabalho, além de conscientizá-los da importância da parceria.
O secretário Teixeira afirmou que o município busca capacitar, orientar e firmar cursos direcionados às comunidades rurais e, para isso, o assunto será discutido amplamente com as associações de trabalhadores locais, a fim de que sejam selecionados os participantes que tenham comprometimento com as ações do Sebrae.
“Queremos capacitar os nossos produtores na gestão e no beneficiamento do que será plantado e colhido por eles; desde a manipulação de alimentos até a gestão do empreendimento rural”, enfatizou o secretário de Agricultura, que acredita que tais ações contribuirão na melhoria de renda da população local.
De acordo com Fraga, outras reuniões junto aos empreendedores rurais de Zé Doca estão previstas para acontecer, oportunidade em que o Sebrae poderá apresentar o planejamento das atividades previstas previstas para cada segmento.



Gilciléa Marques
Unidade de Marketing e Comunicação
Regional do SEBRAE em Santa Inês - Ma
Contatos: (98) 8237-3242
Sebrae – Santa Inês -MA (98) 3653 2461

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Está aberta a temporada de nomeações

Está aberta a temporada de nomeações
 
Quando fevereiro chegar o governador Flávio Dino finalmente vai assinar as nomeaçoes para os cargos em todo o Estado. Por enquanto somente foram nomeados os integrantes do quadro de assessores diretos das Secretarias. Ainda restam muitos cargos distribuídos por todo o Maranhão.
As nomeações estavam suspensas por conta das articulações para a eleição da Mesa da Assembleia Legislativa. Como os deputados tem interesse em indicar seus aliados nas cidades, o Governo achou por bem esperar as negociações serem concluídas para não desgostar os parlamentares.
Com a notícia de que Humberto Coutinho, candidato à presidência apoiado pelo Governo, está com sua base solidamente constituída, as nomeações já começam a ser desenhadas.
Mudança no quadro político
A distribuição dos cargos vai determinar a força de muitos políticos por todo o Estado. Em algumas cidades, nomes sem tradição política começam a despontar. É o caso de César Brito, financiador de campanha eleitoral de alguns dos eleitos, que vai emplacar o irmão na Ciretran de Bacabal.
A direção do orgão estava programada para ser entregue a Ageu Barbosa como uma indicação do ex-prefeito de Bom Lugar, Marcos Miranda. Depois de uma publicação sobre o passado nada honroso do indicado (releia), a operação foi abortada. Foi então indicado o nome de Marco Antonio da Costa Brito. Este será o nomeado.  
Marcos Miranda e Cesar Brito fazem parte do mesmo grupo político que dá apoio e recebe orientação do ex-deputado Rubens Pereira. Daí vem a força para indicarem nomes na região do Médio Mearim.
Enquanto isso outros políticos tentam pressionar
A espera pelas nomeações é angustiante, principalmente para aqueles políticos que prometeram aos seus aliados mostrar uma força que não tem. É o caso daqueles que se consideram responsáveis pela eleição do governador Flávio Dino, ignorando a onda de descontentamento popular que realmente motivou a votaçao extraordinária no governador comunista.
Esses políticos não viram seus pleitos atendidos. Sequer foram recebidos em audiência no Palácio dos Leões. Muitos deles estão com as gavetas abarrotadas de currículos entregues por pessoas a quem prometeram nomeações. Restou a muitos, tentar forçar a barra. O curioso é que a conjuntura política terminou por uni-los, como náufragos que se agarram aos outros para evitar o afogamento no oceano do ostracismo.
Mais uma vez o exemplo que nos chega é da cidade de Bacabal onde um grupo pequeno de políticos sem força se reuniu e lavrou um documento em que assentaram que todas as nomeações que o Governador vier a fazer terá que passar pelo crivo desse grupo. Resta combinarem com o Governador. 
Ora, onde já se viu político com poder querer dividir com os demais? Ignoram que no mundo político a primazia é do político que detem mandato. O exemplo de Bacabal se repetiu em cidades como Pedreiras, Pindaré, São João dos Patos. A semana que se inicia vai mostrar as primeiras definições e começar a delinear o mapa do poder no Maranhão.

Flávio Dino corta efetivo dos Leões e coloca 70 novos policiais nas ruas

Flávio Dino corta efetivo dos Leões e coloca 70 novos policiais nas ruas



Depois de anunciar a contratação de 1000 novos policiais ainda neste ano, Flávio Dino (PCdoB) dá mais um sinal de que a segurança pública será uma das prioridades de sua gestão.
O governador diminuiu em mais da metade o efetivo à disposição do Palácio dos Leões, acrescentando 70 policiais militares nas ruas para reforçar as ações de segurança da população e combate à marginalidade.
Antes, 120 oficiais e soldados foram remanejados da corporação para cuidar da segurança de Roseana Sarney (PMDB). Somente na residência dos Sarney, no Calhau, cerca de 25 policiais se revezavam em três turnos na guarda pessoal da ex-governadora e de seus familiares.
Atualmente, um efetivo enxuto de 50 PMs está à disposição do gabinete militar dos Leões, responsável pela segurança do governador, do vice-governador e das dependências da sede do executivo estadual.