O nosso inesquecível Ulisses Guimarães dizia que a História é
imprevisível.
A história de Pinheiro tornou-se destaque no
cenário político do Maranhão, especificamente em Pinheiro, neste dia 02 de
outubro de 2016. “Dia em que a população menos favorecida cognominada de
“favelados”, “canelas cinzentas”, “gente pobre”, “feia”, “ de classe baixa”
abraçou um pinheirense, muitas vezes rebaixado e desvalorizado por uma
pseudo-elite.
Essa mesma
população soube exercer a sua soberania popular, mostrando na urna, que o seu
voto pode eleger tanto um “liso”, quanto um Presidente da República.
De que o nosso
povo precisa? Por que em nosso município existem tantos pobres, malvestidos e
pés descalços? Será que queremos ser abraçados somente de quatro em quatro
anos, por aqueles a quem colocamos no auge do poder?
É claro e notório
que se os nossos governantes tivessem um mínimo de respeito por aqueles que
lhes deram o poder e, empregassem os recursos “que tanto buscam em Brasília”,
naquilo que mais precisamos (educação de qualidade, bons hospitais, bons
profissionais, segurança e saneamento), não seríamos discriminados por aquele
“grupinho” que foi privilegiado com contratos e cargos comissionados, sendo que
muitos não têm a mínima competência técnica, social e/ou política para
exercê-los.
Chega de
opressão!!! A nossa libertação não aconteceu por acaso, as ofensas proferidas
nos horários políticos e nas redes sociais nos deram forças para lutar contra
as injustiças e humilhações de mais de 30 anos de ditadura.
Segundo o
educador Paulo Freire: “Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os
homens se libertam em comunhão”; a libertação real, só acontece quando o
oprimido tem consciência de sua condição de oprimido e se engaja numa luta organizada
e começa a acreditar em si mesmo, superando assim sua convivência com o regime
opressor.
Foi graças a esse
nível de consciência política que o “povão”, no sentido mais amplo da palavra,
mostrou a um ditador dissimulado que o dinheiro não compra tudo; pelo menos a
vontade do povo de Pinheiro não foi comprada.
Esperamos
veementemente que a força motriz que nos impulsiona neste momento, sirva de
exemplo para todos os políticos deste país, estados e municípios que se
encontram afundados no lamaçal da corrupção. Que todos os brasileiros se
espelhem em nosso exemplo e saibam eliminar do nosso meio, políticos
autoritários, vingativos e mercenários que envergonhariam o nosso saudoso
centenário Ulisses Guimarães.
Portanto,
desejamos de coração que o novo prefeito eleito traga de volta a esperança de
dias melhores a este povo tão sofrido e tão discriminado por décadas e décadas
e que consiga devolver a esta cidade o real título de “Princesa da
Baixada”.